SOLENIDADE DE N. SR.ª MÃE DO DIVINO PASTOR

Patrona da Abadia e Paróquia de Jequitibá

Em preparação à Solenidade da padroeira de Jequitibá, a Mãe do Divino Pastor, foi celebrado com grande júbilo o Tríduo festivo nos dias 08 a 10 de outubro, tendo como Tema: “Mãe do Divino Pastor, Saúde dos Enfermos e Mulher da Compaixão” e como Lema: “Eis a tua Mãe!” (Lc 19,27), com ativa participação da Comunidade Monástica, de membros das CEB’s: Fazenda Jequitibá e Senhor do Bonfim (Povoado Estação de Jequitibá); bem como dos padres celebrantes: Pe. Prior Antonio José O.Cist., Pe. Islan Oliveira e Pe. Romero Cabral; as noites festivas do Tríduo tiveram a animação do Coral São Bernardo, regido pelo músico Bismark Reis, e do Coral Cantando a Vida.

Devido as circunstâncias da pandemia do COVID-19, a presença dos fiéis foi limitada, porém as celebrações foram transmitidas através de página da rede social facebook. É importante destacar o comparecimento da Vigilância Sanitária Municipal que coordenou a prática das orientações do Ministério da Saúde: distanciamento social, uso de máscaras e álcool em gel.

Chegado o grande dia Solene, 11/10, tendo a presença de alguns paroquianos, de algumas autoridades civis e dos Monges Cistercienses defronte o Mosteiro, foi acolhido com imenso regozijo e com todas as disposições rituais do Cerimonial dos Bispos, ao som dos sinos e cânticos alegres, o novo bispo diocesano, Dom Estevam dos Santos Filho, que presidiu a Santa Missa Solene de Nossa Senhora Mãe do Divino Pastor.

Nesta acalorada recepção, o Pároco e Prior, Pe. Antonio José, apresentou a história de origem da devoção à Nossa Senhora sob o título de Mãe do Divino Pastor (popularmente invocada como Divina Pastora), que se deu início em 1703 com a aparição da Virgem Maria, vestida como pastora e rodeada de ovelhinhas, ao piedoso frade capuchinho espanhol Frei Isidoro de Sevilha. Em 1795, no pontificado do Sumo Pontífice Pio VI, a Sagrada Congregação dos Ritos, mediante o pedido do Bem-aventurado Frei Diogo de Cádiz, aprovou os ritos próprios da Missa e do Ofício da Divina Pastora. Na região de Jequitibá, a Santíssima Virgem Maria passou a ser venerada sob este título de Divina Pastora a partir de 1945 após o consentimento do Exmo. Revmo. Sr. Arcebispo Primaz Dom Augusto Álvaro da Silva, e da piedosa fundadora D. Isabel Fernandes Tude de Souza, que mandou transladar para a Igreja do Mosteiro Cisterciense de Jequitibá a imagem vetusta de Nossa Senhora Mãe do divino Pastor, da antiga Sé que se venerava no mosteiro do Desterro em Salvador, Estado da Bahia.

Após a referida apresentação da origem devocional, a irmã Cida Rios, Consagrada Franciscana, falou sobre a Redes de Comunidades Mãe do Divino Pastor, que conta com mais de 40 anos de existência. A mesma possui uma caraterística bem especifica: sua área é totalmente rural; composta por 14 comunidades que oferece ao povo de Deus: catequese, serviços, ministérios e pastorais onde são assumidos pelo mesmo povo e coordenado por uma Equipe de Pastoral.

A Solene Celebração Eucarística, presidida por Dom Estevam, foi concelebrada por Dom Meinrado O.Cist., o Pároco e Pe. Prior Antonio José O.Cist., Pe. Malaquias O.Cist., Pe. Samuel O.Cist., Pe. Romero Cabral e Pe. Pedro Leal. A homilia do sr. Bispo foi profunda, mencionando o momento difícil em que vive o Brasil, o quanto devemos estar voltados para Deus; enfatizou, também, a oração de São Bernardo, a qual possa dar-nos consolo e fortaleza em todos os tempos, sobretudo nas tribulações e adversidades:

“Se os ventos das tentações se levantarem, se te chocares contra os rochedos das tribulações, olha para a Estrela, invoca Maria. Se te sentes submerso no abismo de desespero, pensa em Maria. Nos perigos, nas angustias, na dúvida, pensa em Maria, invoca Maria. E, para obter o socorro de sua intercessão, não esqueças de meditar o exemplo de sua vida.”.